terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Por que não alho e a cebola?


Existe algo mais comum na alimentação brasileira do que o alho e a cebola?
A cebola e o alho são membros da família aliáceos (alliums), juntamente com o alho-poró, cebolinha, nirá e chalotas.
O sabor e o aroma promovido pelos aliáceos impregnam o alimento como nenhum outro tempero.
Quimicamente (aspecto físico), o alho e a cebola possuem muitas propriedades conhecidas, entre elas: antibiótica, anti-inflamatória, anti-microbiana, anti-oxidante… “curando” uma variedade de doenças.
Sabemos que certos químicos tem efeito também sobre a mente e a consciência. Mas o que se sabe sobre os efeitos energéticos (sutis) e psíquicos dos Alliuns (alho, cebola, cebolinha, alho poró, chalotas…)???
Na Medicina Clássica Oriental (Ayurveda e Chinesa) isto era muito observado. Sempre era visto a relação da doença com o espírito. Nos livros clássicos de Ayurveda podemos ver como fator principal para os desequilíbrios/doenças a existência de algum conflito com a Consciência (Verdade). a Matéria ou Substância tem três qualidades ou atributos fundamentais, que são Sattva, Rajas e Tamas.

No nível físico, Sattva é harmonia; Rajas é actividade; Tamas é inércia.
No nível mental, Sattva é verdade; Rajas é paixão; Tamas é indiferença.
No nível de alimentos,Sattva é bondade; Rajas é paixão;Tamas é ignorância.

 Cebola e alho, e as outras plantas aliáceas são classificados como rajas e tamas, que significa que eles aumentam a paixão e ignorância.
Dentro das tradições hindus, é sabido os efeitos dos aliáceos, por isso yogues, monges celibatários e Vaishnavas – seguidores de Vishnu, Rama e Krishna – priorizam cozinhar sempre com alimentos da categoria sattva, que inclue alimentos como frutas frescas, grãos, legumes, verduras, ervas aromáticas, produtos lácteos (de vaca feliz), castanhas e assim por diante.

Especificamente, os Vaishnavas, que antes de se alimentar sempre oferecem o alimento a Deus, não cozinham com aliáceos por serem impróprios de oferecer à Divindade. Alimentos rajásicos e tamásicos também não são usados por yogues e monges porque eles são prejudiciais a concentração, meditação e devoção.
Dr. Robert E. Svoboda, autoridade bem conhecida dentro da Medicina Ayurveda, diz: “Alho e cebola são rajas e tamas, e estão proibidos a yogis porque a raiz da consciência se firma mais no corpo”.
O alho e a cebola são evitadas por adeptos de práticas espirituais, porque elas irritam o sistema nervoso central (e sua ligação com os corpos sutis), além de perturbar também os votos de celibato. Pois, como é sabido na cultura popular o alho é um afrodisíaco natural.

Em Ayurveda é visto que todo veneno na dose certa, para a pessoa certa e nas circunstâncias certas, pode ser bom para algum desequilíbrio. A questão é se vale a pena os efeitos colaterais e se não existe outras alternativas melhores.
Assim, a Ayurveda também ensina que o alho pode ser usado como tônico para a perda de potência sexual por qualquer causa, debilidade sexual por impotência ou por excesso.

E na Medicina Clássica Chinesa, do mesmo modo, é visto que o Coração (Shen – Espírito) é a origem de todos os desequilíbrios e doenças. essa prática que ocorre há milhares de anos, ensina que as plantas da família aliáceos são prejudiciais para os seres humanos em estado saudável. Em seus escritos, um sábio Tsang-Tsé descreveu os Alliums como os “cinco vegetais pungentes e aromáticos”, e cada um tem um efeito negativo sobre um dos cinco órgãos, sendo as cebolas prejudiciais para os pulmões, dispersando a energia primordial do elemento Metal; o alho para o coração, dispersando a energia primordial do elemento Fogo; o alho-poró ao baço/pâncreas, dispersando a energia primordial do elemento Terra; a cebolinha para o fígado, dispersando a energia primordial do elemento Madeira; e cebolas verdes [cebolas de salada ou "spring onions"] para os rins, dispersando a energia primordial do elemento Água.
Cabe aqui salientar que na Medicina Chinesa quando se fala num órgão não está se restringindo apenas ao órgão físico em si, mas toda a energia e funções afins, como por exemplo o coração que é visto como a sede do espírito-mente (Shen), que por isso envolve também questões psíquicas.
Podemos encontrar num site de Taiwan sobre alimentação descrito assim: “cebolinha e alho prejudicam o fígado e diminuem a energia da madeira; alho prejudica o coração e arruina a energia do fogo; chalotas prejudicam o baço e queimam a energia da terra; gengibre e cebolinha prejudicam os pulmões e dispersam a energia do metal; e alhos e cebolas prejudicam os rins e expelem a energia da água.”
Existe uma variedade enorme de cebolas e alhos, inclusive híbridos e modificados geneticamente, sendo por isso muitas vezes difícil de se categorizar.
Tsang-tsé também disse que estes vegetais pungentes contem cinco tipos diferentes de enzimas que causam  além de reações repulsivas no hálito, na transpiração e nas entranhas (odor extra-fétido), também leva a indulgência lasciva [luxúria], aumenta a agitação, ansiedade e agressividade, principalmente quando consumidos crus.
Você já tentou meditar alguma vez? Simplesmente parar os pensamentos e contemplar o momento? Muito da nossa dificuldade em contemplar o aqui e agora é porque recebemos muito estímulos negativos, alimentamos nossa mente com muita porcaria, sendo atraídos por muitas forças-desejos. E por mais incrível que isto possa parecer, um dos fatores de influência da agitação (ou depressão) em nossa mente está no que comemos! Vamos refletir sobre os florais e remédios homeopáticos que são capazes de mexer com nosso humor e psique, apenas com impressões sutis.
Assim como na Medicina Clássica Chinesa, na Ayurveda também é descrito que além de produzir hálito e odor corporal, estas plantas [aliáceos] induzem irritação, agitação, ansiedade e agressividade.  Assim, os aliáceos causam prejuízos físicos, emocionais, mentais e espirituais.
Na década de 1980, em sua pesquisa sobre o funcionamento do cérebro humano, o Dr. Robert [Bob] C. Beck, DSc., descobriu que o alho tem um efeito negativo sobre o cérebro.  Ele descobriu que o alho de fato é tóxico para o homem porque seus íons sulfona-hidroxila  pode penetrar a barreira cérebro-sangue e são tóxicos para as células do cérebro.


O Dr. Beck explicou que, desde os anos 1950 é conhecido que em testes de vôo, quando o alho era consumido pelos pilotos, há redução do tempo de reação por duas a três vezes.  Isto é porque os efeitos tóxicos de alho “desincronizam” as ondas do cérebro.  ”O médico de vôo vinha nos cercar todo mês e lembrar a todos nós:”Não ouse tocar em qualquer alho 72 horas antes de voar um dos nossos aviões, porque ele vai dobrar ou triplicar o seu tempo de reação. Você fica três vezes mais lento do que seria se você não tivesse algumas gotas de alho. “
São por essas razões que as plantas da família Allium tem sido amplamente reconhecida como sendo prejudiciais aos cães, sendo prejudiciais ao sistema gastro-intestinal e neurológico, podendo até destruir as hemoglobinas dos animais.
Na própria medicina ocidental é visto que o alho nem sempre é benéfico. Por possuir um fator muito forte anti-bactericida e anti-microbiana, é amplamente aceito entre os profissionais de saúde que, além de matar bactérias nocivas, o alho também destrói as bactérias benéficas, que são essenciais para o bom funcionamento do sistema digestivo.
Praticantes de Reiki explicam que cebolas e alho estão entre as primeiras substâncias a ser expulsas pelo organismo da pessoa – junto com o tabaco, álcool e medicamentos farmacêuticos. Isto torna evidente que aliáceos tem um efeito negativo sobre o corpo humano e devem ser evitadas.
A medicina homeopática chega à mesma conclusão quando se reconhece que a cebola vermelha produz uma tosse seca, olhos lacrimejantes, espirros, corrimento nasal e outros efeitos relacionados com sintomas de resfriado.
Se observarmos a fenomenologia botânica dessas plantas, veremos que o caule delas, ao contrário de todas as plantas, “involuiram” para baixo da terra (escuridão), sendo o que a gente come não é a raiz e sim folhas transformadas (enroladas em bulbos ou dentes). A força da gravidade (que nos prende a matéria) é muito forte nelas. O aroma no qual a tendência natural é subir para as folhas, flores e frutos, nelas descem e se concentram nesses bulbos. Todos os Aliums possuem um elemento sulfuroso (enxofre), permeando o líquido dessas folhas transformadas.
Enfim, em termos medicinais, a questão toda é que pode-se utilizar qualquer tipo de droga para aliviar e eliminar sintomas, entorpecendo sutilmente ou de maneira evidente a consciência da pessoa, mas para a causa da doença verdadeira nada está sendo feito, pois só realmente nos curamos quando compreendemos no que estamos indo contra a Consciência/Coração/Verdade/Natureza e então nos corrigimos no Caminho.
Quando afastamos a consciência do problema, aparentemente nos sentimos melhor, mas ainda estamos ignorando a Verdade sobre a causa do problema que continua em nosso coração. E cedo ou tarde rebrotará. Infelizmente o nosso costume atual (vício) é o de então voltar a entorpecer o organismo e consciência com drogas para sumir com os sintomas novamente, e assim a roda de sofrimento (sansara) continua.
Apesar de ainda não se poder comprovar através da ciência material, através da ciência espiritual pode-se constatar que este conhecimento era observado na origem de todas as religiões, pois essas plantas Allium expelem os seres celestiais (anjos) e atraem seres dos mundos inferiores.
No Hinduismo e Budismo isto ainda é bem observado. Buda numa conversa com seu discípulo Ananda, conhecida como Sutra Surangama, cap. VI, subtítulo “The Three Gradual Steps to Wipe Out Sansàra” (Os Três Passos Graduais para Transcender [Purificar] o Sansara), disse:
“Quais são esses três passos graduais? (Eles são:) a prática que contribui para remover todas as causas acessórias [segundárias]; a prática principal para eliminar as causas básicas [primárias]; e a prática progressiva para parar o crescimento do carma.
Quais são as causas secundárias? Ananda, destas doze espécies, o mundo deve sua existência a quatro formas de alimentação: por comer, tocar, pensar e tomar consciência dos alimentos.
Portanto, o Buda diz que todos os seres vivos dependem de alimentação para a sua estada (em sansara). Ananda, todos os seres vivem se comerem alimentos saudáveis e morrem se ingerirem veneno. 
Em sua busca por Samadhi, eles devem se abster de comer cinco tipos de raízes pungentes (i.e., alho, os três tipos de cebolas e alho-poró), se consumidos cozidos são afrodisíacas e se crus causam irritabilidade. Ainda que aqueles que comem possam ler as doze divisões do Sutra Mahayana, eles expulsam os espíritos de vidência (Á ˘ i) nas dez direções que abominam o mau cheiro, e atrairão os fantasmas famintos que lambem seus lábios. Eles estão sempre rodeados por fantasmas, e sua boa sorte irá desaparecer dia a dia em seu próprio prejuízo. Quando esses comedores de raízes pungentes praticam o Samadhi, nenhum dos Bodhisattvas, espíritos videntes e bons espíritos vêm para protegê-los, enquanto o poderoso rei dos demônios aproveita a ocasião para aparecer como um Buda, como se a ensinar-lhes o Dharma, difamando e quebrando os preceitos e louvando a carnalidade, a raiva e a estupidez; em sua morte, eles irão se juntar a sua comitiva, e no final de seu tempo em seu reino, eles vão cair no Inferno.”
No Taoismo e Islamismo isto hoje é visto de forma superficial, não utilizando-se estes alimentos durante as cerimônias e orações no templo/mesquita. Dentro do Sufismo (vertente mística islâmica), alguns ainda lembram que o Profeta Maomé não comia carne, alho e cebola para conversar com o Arcanjo Gabriel.
É bem conhecida dentro do Islã, porém, a história de uma santa Rabia que estava cercada de animais, pássaros… um homem viu, ficou encantado e se aproximou, mas todos os animais fugiram. E então perguntou a santa o motivo. Ela perguntou o que ele tinha comido e ele respondeu cebola. No que ela disse ser o maior tesouro deles.
Ninguém sabia explicar porque ela tinha dito isso, mas com a explicação do Buda tudo faz sentido. Os aliáceos são o elixir do mundo da sensação, um tesouro para os mundos e reinos inferiores.
Existem dezenas de opções para substituir o alho e a cebola, tanto para tempero como para remédio. Inclusive existe até uma árvore nativa brasileira conhecida como Paudalho. Nós utilizamos suas folhas e aprovamos.
Ainda como alternativa medicinal ao alho e cebola para melhorar a imunidade e “curar” os sintomas de várias doenças temos uma planta chamadaechinácea, que melhora a efetividade dos glóbulos brancos na luta contra os vírus e bactérias (TUBARO et al, 1987, TRAGNI et al, 1988 e MÜLLER et al 1994). Temos também o próprio própolis que é um poderosíssimo antibiotiótico com vários efeitos terapêuticos.
Diante de todo o exposto, esperamos ter esclarecido melhor sobre os malefícios do alho e da cebola em nossa alimentação (dando alternativas), bem como mostrar como é importante que nós tomemos consciência de nossos alimentos e de nossa vida como um todo.
Sugestões:
Pesquise no google e leia sobre “five pungent plants”.
Algumas fontes de pesquisa para este artigo:
2. Audrey Pavia, The Labrador Retriever Handbook, p. 100.
3.S.H. Lorna Wong, The Unfolding Truth of Man and the Universe, p. 43.
5. Francine Halvorsen, The Food and Cooking of China, p. 147
6. Daniel Reid, A Handbook of Chinese Healing Herbs, p. 106.
7. Erica White, Beat Candida Cookbook, p. 28.
8. Alan Davidson, The Oxford Companion to Food, p. 331.
9. Richard Gerber, Vibrational Medicine, p. 86.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mundos de Existência II - O Reino da Esfera Sensual (kama-loka)


Mundos de Existencia I

3. O Reino da Esfera Sensual (kama-loka)

Mundo bondoso  (sugati)

3.1.Devas que exercem poder sobre a criação de outros (paranimmita-vasavatti deva)

3.2.Devas que se deliciam com a criação (nimmanarati deva) : These devas delight in the sense objects of their own creation.

3.3.Tusita deva : Um reino do puro prazer e alegria, onde um dia corresponde 400 anos aqui na Terra, um ano tem 12 meses, cada mês tem 30 dias. Os seres deste mundo são 3.000 pés (910 m) de altura e vivem por 4000 anos, equivaleria 576 milhões anos (tradição Sarvastivada). A altura deste mundo é de 320 yojanas acima da Terra. Este mundo é mais conhecido por ser o mundo em que um Bodhisattva vive antes de renascer no mundo dos humanos. Até alguns milhares de anos atrás, o Bodhisattva deste mundo foi Svataketu (Pāli: Setaketu), que renasceu como Sidarta, e se tornou o Buda Sakyamuni. Desde então, o Bodhisattva foi Natha (ou Nāthadeva),o próximo Buda que virá a Terra,  que irá renascer como Ajita e vai se tornar o Buda Maitreya (Pāli Metteyya), na época que ele vier, aqui será um mundo pacífico



Neste mundo é dividido em área interna e área externa. A área interna é onde Bodhisattva habita e é difícil de entrar.

Motivo do nascimento neste reino : as 10 bondades

3.4.Yama deva : Esses devas vivem no espaço, fora do sistema solar, pois eles mesmo conseguem criar a luz, estão livre de todas as dificuldades. 

Motivo do nascimento neste reino : cultivar a virtude e a sabedoria

3.5.Devas do Trinta e Três (tavatimsa deva): Trayastrimsa está localizada no pico de Sumeru, a montanha central do mundo, a uma altura de 80.000 yojanas (a altura, por vezes equiparado a cerca de 40 mil pés), a área total do céu é de 80.000 yojanas quadrados. Este céu é, portanto, comparável ao Olimpo grego, em alguns aspectos.


obs: Yojana (sânscrito: योजन) é uma medida védica de distância utilizada na Índia antiga. A medida exata é disputada entre os estudiosos com as distâncias a ser dada entre 6 e 15 quilômetros (4-9 milhas).







Buddha pregando Abhidhamma(Verdade) em Tavatimsa


De acordo com Vasubandhu, habitantes de Trayastrimsa são cada meio de altura Krosa (cerca de 1500 pés) e viver por 1000 anos, dos quais a cada dia é equivalente a 100 anos de nosso mundo: isto é, para um total de 36 milhões de nossos anos.


Trayastrimsa está fisicamente ligado ao mundo através de Sumeru, ao contrário do céu acima dela, os deuses Trayastrimsa são incapazes de evitar ser preso em assuntos mundanos. Em particular, eles freqüentemente encontram-se em brigas com os Asuras, semi-divino seres que eram há muito tempo expulsos Trayastrimsa, no início do reinado de Sakra presente e que agora habitam ao pé do Sumeru, tramando maneiras de recuperar seu reino perdido.

3.6. Devas dos quatro grandes reis (catumaharajika deva) : Casa da gandhabbas, os músicos celestiais, e os yakkhas, espíritos das árvores de diferentes graus de pureza ética. Estes últimos são análogos aos goblins, trolls e fadas dos contos de fadas ocidentais.

Quando termina a vida nestes reinos, os espíritos podem novamente voltar a reencarnar no mundo.
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Seres humanos (manussa loka) : Renascimento como um ser humano é extremamente raro . Também é extremamente precioso. Com o seu equilíbrio único de felicidade e dor, facilita o desenvolvimento da virtude e da sabedoria para o grau necessário para livrar-se de todo o ciclo de renascimentos.

Estados de Privação (apaya)

 Titãs (asura) : Os demônios - "titãs" - Os seus habitantes ali nasceram em resultado de ações positivas realizadas com um sentimento de inveja e competição e vivem em guerra constante com os deuses.

Motivo do nascimento neste reino : as 10 maldades

Fantasmas famintos (preta) :  o reino de seres que padecem de necessidades sem alívio, sofrimento, remorsos, fome, sede, nudez, miséria, sintomas de doenças, entre outros. Fantasmas e espíritos infelizes vagueiam sem esperança sobre esse reino, procurando em vão para o cumprimento sensual.



Motivo do nascimento neste reino : as 10 maldades ,Falta de virtude, apego a visões errôneas


 Animais (tiracchana yoni) um espaço de divisão com os humanos, é considerado como outra vida;
Este reino inclui todas as formas não-humanas de vida que são visíveis para nós em circunstâncias normais: animais, insetos, peixes, aves, worms, etc




Motivo do nascimento neste reino : Falta de virtude, apego dos pontos de vista errado. Se alguém é generoso para os monges e monjas, no entanto, pode renascer como um "ornamentada" animal (ou seja, um pássaro de plumagem brilhante, um cavalo com marcações atraente, etc;

 Infernos (niraya ou Naraka) :  aqueles que vivem em um dos muitos infernos. Estes são reinos de sofrimento inimaginável e angústia (descrito em detalhes gráficos no MN 129 e 130). Não deve ser confundido com o inferno eterno proposto por outras religiões, pois uma vez aqui é - como é em todos os domínios - temporária.




Motivo do nascimento neste reino : as 10 maldades. Falta de virtude, apego a visões errôneas. Assassinar seus pais, um arahant, ferindo o Buda, ou criar um cisma na Sangha, Ser briguento e chato para os outros.

Mundos de Existência I - O Reino Imaterial e da Matéria Sutil


De acordo com Buda Sakyamuni, os seres que não compreendem a Verdade, e apenas dedicam-se em teorias vazias, irão perder-se e renascer nestes mundos.  A existência em cada um desses planos é temporária e passado o tempo de vida ocorre o renascimento em algum outro mundo, ou seja, não há um paraíso ou inferno eternos. Os seres renascem em cada um dos mundos de acordo com o fruto de karma em particular que amadurece no momento da morte. 
Os mundos em geral são agrupados em três reinos, relacionados em ordem descendente de pureza:

* O Reino Imaterial (ou sem forma) (arupa-loka) - 4 planos

* O Reino da Matéria Sutil (ou com forma)(rupa-loka) - 18 planos

* O Reino da Esfera Sensual (kama-loka)- 6 planos 




Obs. Devas é originalmente um conceito hindu, como um termo que designa no hinduismo algo como "criatura celeste" ou "espírito".

1 O Reino Imaterial (ou sem forma)(arupa-loka) - 4 planos

Os habitantes deste reino possuem consciências, porém sem forma.
São incapazes de escutar o dharma, pois estão apegados no Vazio.

1.1 Devas da nem percepção, nem não percepção (nevasaññanasaññayatanupaga deva)

1.2 Devas do nada (akiñcaññayatanupaga deva)

1.3 Devas da consciência infinita (viññanañcayatanupaga deva)

1.4 Devas do espaço infinito (akasanañcayatanupaga deva)

2. O Reino da Matéria Sutil (ou com forma)(rupa-loka) - 18 planos


Os seres neste mundo não tem desejo. 

2.1 Akanittha deva - nível inferior deste plano.

2.2 Sudassi deva (Sudarśana)

2.3 Sudassa deva (Sudṛśa)

Os três níveis acima são livres de preocupações.

2.4 Atappa deva

2.5 Aviha deva : Entre seus habitantes é Brahma Sahampati, que pedir para o Buddha passar o Dharma ao mundo.

2.6 Asaññasatta deva

2.7 Devas do grande fruto (vehapphala deva)

2.8 Puṇyaprasava deva - nascimento feliz.

2.9 Anabhraka deva  - sem núvem. 

2.10 Devas da glória refulgente (subhakinna deva) 

2.11 Devas da glória imensurável (anasubha deva)

2.12 Devas da glória limitada (asubha deva) : Seres nesses planos desfrutar de vários graus de felicidade jhana.

2.13 Devas que emanam radiância (abhassara deva)

2.14 Devas da radiância imensurável (appamanabha deva)

2.15 Devas da radiância limitada (parittabha deva)

2.16 Grandes Brahmas (maha brahma)

2.17 Ministros de Brahma (brahma-purohita deva): Um dos habitantes mais famosos deste reino é o Grande Brahma, uma divindade, cuja ilusão leva-o a considerar-se como o todo-poderoso, criador que tudo vê do universo

2.18 Cortejo de Brahma (brahma-parisajja deva) : Seres nesses planos desfrutar de vários graus de felicidade jhana. - Plano superior

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

As nove consciências




1º- consciência: Paladar. Com nossa língua identificamos os sabores, reconhecemos se são ou não agradáveis para comer. É o primeiro e mais primitivo sentido, menos detalhista.

2º- Consciência: Olfato. O segundo dos sentidos tem um grau de utilidade, complexidade e detalhes significantemente mais altos que o primeiro. Com ele podemos identificar entes queridos, inimigos, comida, perigo, perfumes e outras coisas.

3º- consciência: Tato. É o que nos possibilita sentir a temperatura do ar, dos objetos, e da água. Permite-nos identificar vibrações na terra. O formato, volume, dimensão e textura de tudo o que se toca.

4º- consciência: Audição. Tudo o que se move corta o ar e produz som. Todas as matérias que se tocam ressonam quando o fazem. Além de nos capacitar para perceber estes sons, o quarto sentido nos provê equilíbrio, direção, rumo. Podemos perceber pessoas que se aproximam e reconhecê-las por seus passos e/ou pela voz. Este se faz incomparável em relação ao terceiro. Seriamos capazes de sobreviver e fazer muito com apenas este sentido.

5º- consciência Visão. Com este sentido conhecemos fatos antes de poder ouvi-los. Reconhecemos formas, cores, volumes e movimentos. O Quinto sentido é o maior e mais complexo dos cinco primeiros sentidos.

6º- consciência: Mente. É o responsável pela sensibilidade do Cosmo (soma, ken, do, ki, xi, alma, vitae, logos, presença...) de toda e qualquer criatura que existe. Em sintonia com os principais elementos da natureza (água, fogo, terra e ar) e com as manifestações de energia (magnetismo, eletricidade e telecinésia), nos dá a percepção além da matéria. Assim é possível saber de fatos que ainda não se compreendem no espaço-tempo físico.

7º- consciência: Manas em sâncrito, representa a consciência da escolha, por meio dessa consciência, manifesta-se a característica do ego, da discriminação, do auto-apego etc.

8º- consciência:  Alaya. É o oitavo nível da consciência, com a palavra Alaya podemos nos lembrar de Himalaya. Hima significa neve, então Himalaya, é onde se deposita ou guarda a neve. A palavra Alaya quer dizer depósito. É onde todas as experiências e nascimentos estão depositados, como uma semente que amadurece com o tempo, que cria outra semente e a deposita quando encontra condições favoráveis, como solo, água, terra e adubos. Então, esta semente brota. As sementes boas dão frutos bons.

A característica desta consciência de Alaya é que, primeiramente, ela guarda todas as ações do Karma. Passado e todas as experiências passadas estão guardados como uma semente. Esta semente, ao mesmo tempo que ela é o resultado do Karma é também a possibilidade de se criar uma ação nova. Mas o Karma não é destino. Podemos mudar o destino com a nossa prática porque tudo está depositado e registrado dentro da Alaya e, deste modo, o que está depositado — o mundo da pessoa — começa a mudar e a personalidade também. É como o perfume: o conhecimento, a cultura e a experiência têm o perfume de cada personalidade, depende do que a pessoa está guardando em sua consciência. Essa consciência e a percepção do mundo externo iniciam uma nova experiência e essa nova experiência imediatamente se deposita na subconsciência de Alaya. Esta semente depositada se transforma em uma outra semente e esta cria uma outra experiência condicionada pelas vivências passadas. Assim, a pessoa não pode ver o mundo além do seu limite. Por isso o treinamento consiste em aprender as coisas, os conhecimentos e as sabedorias para poder sair deste círculo.

9º- consciência: Amala/ A Grande VirtudeCom a alma e o espírito desenvolvidos em sua plenitude, os dominadores nono sentido, transformam-se em um ser não sujeito às suas vontades, mas sim à valores divinos. Algo perfeitamente conectado com a natureza; uno com o Universo.