tradição budhista
por É TUDO VAZIO
Havia, há muito tempo, na China, um homem sábio e santo chamado de O Quinto Patriarca. Um dia, o Quinto Patriarca, vendo que era o momento de escolher aquele que seria o Sexto Patriarca, pediu para que seus discípulos escrevessem um poema com o objetivo de avaliar o nível de iluminação de cada um. Aquele que passasse no teste seria o Sexto Patriarca. Então um monge escreveu na parede do corredor o seguinte verso:
O corpo é uma árvore bodh onde há um espelho que é nossa mente.
Devemos sempre polir o espelho para a poeira nele não se assentar.
Ao lerem isso os monges ficaram exaltados pois achavam que quem compôs o poema seria o Sexto Patriarca e começaram a recitar o poema considerando-o santo. Entretanto, vendo aquilo, o Quinto Patriarca disse para o monge que compôs os versos que ele ainda não tinha compreendido a verdade.
Havia no mosteiro um jovem leigo, analfabeto, que trabalhava na cozinha e tendo também escutado o poema, desejou compor outro. Então, pediu para que um monge escrevesse os versos ao lado do primeiro. Dizia o seguinte, o poema do monge analfabeto:
Não há árvore bodh, não há nenhum espelho.
Se não há espelho onde poderia a poeira se assentar ?
Ele se tornou o Sexto Patriarca. Hui-nen