domingo, 6 de setembro de 2015

SUTRA DOS VOTOS ORIGINAIS DO BODHISATTVA KSITIGARBHA

CAPÍTULO I – MANIFESTAÇÃO DE PODERES EXTRAORDINÁRIOS NO PALÁCIO DO CÉU TRAYASTRIMSA



Assim eu ouvi: Uma vez o Buda subiu ao Céu Trayastrimsa para ensinar o Dharma a sua mãe. Neste momento havia um indescritível número de Budas, como também grandes Bodhisattvas e Mahasattvas de infinitos mundos provenientes das Dez Direções: todos estavam reunidos para louvar as habilidades do Buda Shakyamuni, para manifestar a indescritível Grande Sabedoria e o poder sobrenatural no Nefasto Mundo das Cinco Corrupções, como também a habilidade de harmonizar e conquistar os seres viventes obstinados, para que possam conhecer os dharmas do sofrimento e da felicidade. Cada um destes Grandes Seres enviou seus assistentes para saudar o Lokayestha. Neste momento, o Tathagata sorriu e emitiu centenas de milhares de milhões de grandes nuvens de luzes, tais como: a Nuvem da Grande Luminosidade Perfeita, a Nuvem da Grande Compaixão, a Nuvem da Grande Sabedoria, a Nuvem da Grande Prajna, a Nuvem do Grande Samadhi, a Auspiciosa Grande Nuvem, a Nuvem da Grande Benção, a Nuvem do Grande Mérito, a Nuvem do Grande Refúgio e a Nuvem do Grande Louvor. Após haver emitido ainda mais indescritíveis nuvens de luz, o Buda também emitiu uma grande quantidade de maravilhosos sons sutis, tais como: o Som Danaparamita, o Som Silaparamita, o Som Kshantiparamita, o Som Viryaparamita, o Som Dhyanaparamita, o Som Prajnaparamita. O Som da Grande Compaixão, o Som do Jubiloso Dar, o Som da Libertação, o Som do Não-Apego, o Som da Sabedoria, o Som da Grande Sabedoria, o Som do Rugido do Leão, o Som do Rugido do Grande Leão, o Som das Nuvens de Trovão e o Som das Grandes Nuvens de Trovão. Após haver emitido esses indescritíveis sons, deuses, dragões, fantasmas e espíritos do Mundo Saha e outros reinos, se reuniram no Palácio do Céu Trayastrimsa. Vindos de lugares tais como: Céus dos Quatro Reis, Céu de Trayastrimsa, Céu Suyama, Céu Tusita, Céu de Transformação de Felicidade, Céu de Conforto Obtido Através da Transformação da Felicidade dos Outros. Do Céu de Multidões de Brahma, do Céu dos Ministros de Brahma, do Céu de Grande Brahma, do Céu de Luz Menor, do Céu de Luz Ilimitada, do Céu de Luz e Som, do Céu de Pureza Menor, do Céu de Pureza Ilimitada, do Céu de Pureza Universal. Do Céu de Nascimento das Bênçãos, do Céu das Bênçãos do Amor, do Céu do Fruto Abundante, do Céu do Não-pensamento, do Céu da Não-aflição, do Céu do Não-calor, do Céu das Boas Visões, do Céu das Boas Manifestações, do Céu da Forma Suprema, do Céu de Mahesvara e seguindo assim até o Céu do Lugar do Pensamento e do Não-Pensamento. Os deuses, dragões, fantasmas e espíritos se reuniram. A eles reuniram-se ainda: espíritos do mar, espíritos dos rios, espíritos dos riachos, espíritos das árvores, espíritos das montanhas, espíritos da terra, espíritos dos arroios e pântanos, espíritos dos brotos e das sementes, espíritos do dia, espíritos da noite, espíritos do espaço, espíritos do céu, espíritos da comida e da bebida, espíritos dos pastos e das madeiras e outros espíritos similares como os do Mundo Saha e outros mundos reunidos em assembléia. Além de todos os reis fantasmas do Mundo Saha e outros mundos, reunidos em assembléia estavam outros tais como: o Rei Fantasma do Olhar Perverso, o Rei Fantasma Vampiro, o Rei Fantasma que Chupa a Energia Vital, o Rei Fantasma que Chupa a Energia das Placentas, o Rei Fantasma que Espalha Doenças, o Rei Fantasma que Remove Venenos, o Rei Fantasma do Coração Bondoso, o Rei Fantasma das Bênçãos e Ganhos, o Rei Fantasma do Grande Amor, o Rei Fantasma do Grande Respeito além de outros. Neste momento o Buda Shakyamuni disse ao Bodhisattva Manjusri, Príncipe do Dharma: “Ao observar estes Budas, Bodhisattvas, deuses, dragões, fantasmas e espíritos deste e de outros mundos, que estão reunidos aqui no Céu Trayastrimsa, você pode calcular seu número?” Manjusri disse a Buda: “Lokayestha, ainda que pudesse contá-los e reconhecê-los com meus poderes espirituais durante milhares de kalpas, não seria capaz de calculá-lo”. Buda disse a Manjusri: “Ao observá-los com minha visão de Buda, seu número é interminável. Através de muitos kalpas todos estos seres tem atravessado, tem sido atravessados, estão sendo atravessados, serão atravessados, tem sido conduzidos à realização, estão sendo conduzidos à realização ou serão conduzidos à realização pelo Bodhisattva Ksitigarbha”. Manjusri disse a Buda: “Lokayestha, através de muitos kalpas cultivei boas raizes e atingi a Total Sabedoria sem restrições. Quando ouço a palavra de Buda, aceito-a imediatamente e com fé. Os que Escutam o Som (Shravakas), que ainda possuam escassos logros, deuses, dragões e os demais da Óctupla Divisão, como assim também outros seres viventes que no futuro possam escutar as sinceras e verdadeiras palavras do Tathagata, possivelmente sentirão dúvidas e embora possam receber os ensinamentos da maneira mais respeitosa, não poderão evitar caluniá-los. Lokayestha, por favor, queira explicar-nos qual foi a conduta do Bodhisattva Mahasattva Ksitigarbha enquanto ele esteve na Etapa da Causalidade e conta a respeito dos Votos que ele fez para realizar tal inconcebível tarefa”. Buda disse a Manjusri: “Fazendo uma comparação, é como se todos os pastos, árvores, bosques, cânhamos, bambus, canas, montanhas, rochas e partículas de pó no sistema do mundo de um milhão de mundos fossem enumerados e cada um convertido em um rio Ganges, enquanto que dentro de cada rio Ganges cada grão de areia se transformasse em um mundo, e dentro desse mundo cada partícula de pó fosse um kalpa, enquanto que dentro desses kalpas as partículas de pó se acumulassem e por sua vez se transformassem em mais kalpas. Aumente esse tempo mil vezes e você saberá quanto tempo o Bodhisattva Ksitigarbha permaneceu no Décimo Estágio. Muito maior foi sua permanência nos estágios de Quem Escuta o Som e no estágio de Pratyekabudha. O espírito temerosamente respeitado e os Votos deste Bodhisattva estão além de nossa compreensão. Se no futuro bons homens e boas mulheres escutarem o nome deste Bodhisattva e o louvarem, venerarem, fazendo-lhe oferendas; ou se desenharem, esculpirem ou pintarem sua imagem, estes nascerão cem vezes no Céu dos Trinta e Três e nunca mais cairão nos Caminhos Nefastos. “Manjusri: uma quantidade indescritível de kalpas atrás, no mundo e na época do Buda chamado Tathagata Leão de Grande Velocidade nas Dez Mil Práticas, o Bodhisattva Ksitigarbha era filho de um sábio ancião”. Vendo o Buda adornado de mil bênçãos, o filho do sábio ancião perguntou quais práticas e Votos lhe permitiam conseguir tal aparência. O Tathagata disse: ‘Se você deseja conseguir um corpo perfeito, ao longo dos kalpas deverá libertar os seres viventes que estão passando por sofrimentos’. “Então Manjusri, Ksitigarbha o filho do sábio ancião, fez este Voto: ‘Eu agora através de incomensuráveis kalpas até os confins do futuro vou estabelecer muitos recursos convenientes pelo bem dos seres que sofrem e dos criminais nos Seis Caminhos. Quando todos tiverem sido libertados, eu mesmo me aperfeiçoarei no caminho de Buda”. “Desde o tempo em que fez este Voto na presença daquele Buda até o presente, uma indescritível quantidade de nayutas de kalpas se passou e ele continua sendo um Bodhisattva. Além disso, há impensáveis asamkhyeya kalpas havia um Buda chamado Tathagata Rei Auto-suficiente do Samadhi da Flor Iluminada. A vida deste Buda foi de quatrocentos milhões de asamkhyeya kalpas”. “Durante a Era da Aparência do Dharma, havia uma mulher brâmane que tinha muitos méritos acumulados em vidas passadas e era respeitada por todos. Quando caminhava, ficava em pé, estava sentada ou deitada, sempre era rodeada e protegida por deuses. Sua mãe, porém, tinha crenças impróprias e frequentemente, desdenhava a Tríplice Jóia. Aquela sábia mulher elaborou muitos planos hábeis para induzir sua mãe a adquirir a visão correta, porém a mãe não acreditava nela totalmente. Não se passou muito tempo para que a vida de sua mãe terminasse e seu espírito caísse no inferno ininterrupto”. “Sabendo que quando sua mãe estava no mundo não tinha acreditado na lei de causa e efeito, a mulher brâmane deu-se conta de que, de acordo com seu karma, sua mãe renasceria nos estados de desgraça. Então ela vendeu a casa da família, comprou incenso, flores e outros elementos e fez uma grande oferenda no templo de Buda. Quando viu a imponente e majestosa imagem do Tathagata Rei Auto-suficiente do Samadhi da Flor Iluminada, ela sentiu um respeito duplamente maior. Enquanto a mulher brâmane contemplava a venerável imagem, ela pensava: ‘Os Budas também são chamados Aqueles Grandiosamente Iluminados, Completos, com Total Sabedoria. Se o Buda estivesse neste mundo e eu pudesse perguntar-lhe, Ele seguramente me diria para onde foi minha mãe depois de morta’. “A mulher brâmane chorou por um longo tempo com a sua cabeça abaixada e seu olhar fixo no Tathagatha. De repente uma voz se ouviu no espaço, dizendo: ‘Oh mulher sagrada que chora, não fique tão triste, eu mostrarei para onde foi sua mãe’. A mulher brâmane juntou as palmas e perguntou: “Que divindade é esta que vem aliviar minhas preocupações? Desde o dia em que perdi minha mãe até agora eu a tenho mantido na minha memória, dia e noite, mas não tenho encontrado nenhum lugar em que eu possa perguntar sobre a região do seu renascimento’. “Uma voz foi ouvida respondendo assim para a sagrada mulher: ‘Eu sou Aquele a quem você venera e adora o passado Tathagata Rei Auto-suficiente do Samadhi da Flor Iluminada. Como vi que sua preocupação com sua mãe é muito maior do que a dos seres viventes comuns, agora vou mostrar-lhe o lugar de seu renascimento’. “Quando escutou esta voz, a mulher brâmane saltou repentinamente e caiu, ferindo-se gravemente. Aqueles que estavam perto dela ajudaram-na, e após ter sido revivida por algum tempo, ela falou ao espaço e disse: ‘Por favor, tenha piedade de mim e diga-me depressa o lugar de renascimento de minha mãe, pois minha própria morte está próxima’. “O Tathagata Rei Auto-suficiente do Samadhi da Flor Iluminada disse à santa mulher: ‘Após haver completado suas oferendas, volte para casa depressa. Sente-se ereta, pensando em meu nome, e saberá com certeza o lugar de renascimento de sua mãe’. Quando a mulher brâmane terminou de adorar o Buda, ela voltou para casa, pensando em sua mãe, sentou-se ereta, invocando o Tathagata Rei Auto-suficiente do Samadhi da Flor Iluminada”. “Após um dia e uma noite, ela se viu repentinamente à beira de um mar. As águas ferviam e borbulhavam. Muitos monstros horríveis com corpos de metal voavam sobre o mar em todas as direções. Ela viu centenas de milhares de milhões de homens e mulheres sofrendo e afundando na água, sendo feridos e devorados pelos monstros. Ela também contemplou yakshas, cada uma com uma forma diferente, algumas com muitas mãos, muitos olhos, muitas pernas, muitas cabeças. De suas bocas saíam dentes afiados em forma de espadas. Algumas yakshas capturavam os delinqüentes e torciam suas cabeças e seus pés. Um número enorme de formas horripilantes, que ninguém se atrevia a contemplar”. “Durante este tempo a mulher brâmane manteve-se calma e sem medo, graças ao poder proveniente do pensamento no Buda. Um Rei Fantasma chamado O Sem Veneno fez uma reverência, aproximou-se da mulher santa e disse: “Muito bem, Bodhisattva, por que veio até aqui?” “A mulher brâmane perguntou ao Rei fantasma: ‘Que lugar é este? ’ “O Sem Veneno respondeu: ‘Este é o primeiro mar do lado ocidental da Grande Montanha do Anel de Aço’. “A santa mulher perguntou: ‘Ouvi dizer que o inferno se encontra dentro do anel de aço. É este o lugar? ’ “O Sem Veneno respondeu: ‘O inferno é aqui mesmo’. “A santa mulher perguntou: ‘Como foi que eu vim parar no inferno? ’ “O Sem Veneno respondeu: ‘Ninguém pode vir até aqui, a menos que tenha um espírito prodigioso ou o karma requerido’. “A santa mulher perguntou: ‘Por que está fervendo a água e por que há tantos criminosos e monstros perversos? ’” “O Sem Veneno respondeu: ‘Estes são seres de Jambudvipa mortos há pouco tempo que durante quarenta e nove dias não tiveram parentes para realizar ações meritórias em seu favor e resgatá-los das dificuldades; durante suas vidas não semearam nenhuma causa nobre. De acordo com os atos de cada um deles surgem os infernos e eles devem passar por este mar. Dez mil yojanas a leste deste mar encontra-se outro mar, com o dobro dos sofrimentos deste. A leste deste outro mar há mais outro mar, onde os sofrimentos são duplicados novamente. O que as causas perversas combinadas dos três veículos kármicos evocam é chamado Mar do Karma. Este é o lugar’. “A santa mulher perguntou novamente ao Rei Fantasma Sem Veneno: ‘Onde fica o inferno? ’ “O Sem Veneno respondeu: ‘Dentro dos três mares há centenas de milhares de grandes infernos, cada um diferente do outro. Conhecidos como grandes infernos, há dezoito. Em seguida há quinhentos, com ilimitados e cruéis sofrimentos. Além deles, há mais de cem mil com sofrimentos sem limites’. “A santa mulher novamente falou ao Rei Fantasma: ‘Minha mãe morreu recentemente e eu não sei que caminho ela tomou’. “O Rei Fantasma perguntou à santa mulher: ‘Bodhisattva, quando sua mãe estava com vida, quais eram seus atos habituais? ’ A santa mulher respondeu: ‘Minha mãe tinha idéias erradas, insultava a Tripla Jóia. Às vezes acreditava, mas não por muito tempo. Morreu há poucos dias, mas não sei onde renasceu’. “O Sem Veneno perguntou: ‘Bodhisattva, qual era o nome de sua mãe? ’ “A santa mulher respondeu: ‘Meu pai e minha mãe eram brâmanes, meu pai se chamava Shan Chien e minha mãe se chamava Yueh Ti Li’. “O Sem Veneno uniu as mãos e disse à Bodhisattva: ‘Por favor, ser sagrado, volte a seu lugar de origem. Não fique preocupada ou triste. Yueh Ti Li, a mulher com karma pesado, nasceu nos céus três dias atrás. Dizem que teve êxito graças a uma filha que fez oferendas e cultivou méritos em seu nome no templo do Tathagata Rei Auto-suficiente do Samadhi da Flor Iluminada. Não somente a mãe do Bodhisattva foi aliviada do inferno, mas como resultado de tais méritos, outros detratores que mereciam ininterrupta punição também receberam a felicidade e renasceram’. O Rei Fantasma terminou de falar e retrocedeu respeitosamente. A mulher brâmane voltou a si como se despertasse de um sonho. Entendeu o que tinha acontecido e realizou no templo um profundo Voto diante da imagem do Tathagata Rei Auto-sufuciente do Samadhi da Flor iluminada, dizendo: ‘Eu faço Votos de estabelecer muitos recursos adequados para ajudar os seres viventes que estão sofrendo por seus crimes. Até o final dos futuros kalpas eu vou fazer com que esses seres obtenham a libertação’. “Buda disse a Manjusri: ‘O Rei Fantasma Sem Veneno é o atual Bodhisattva regente da abundância. A mulher brâmane é agora o Bodhisattva Ksitigarbha’”.

source:http://www.dharmatranslation.org/pdf/SutraKsitigarbha_portugues.pdf

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Receitas para um útero saudável.

Antes de cozinhar, lá vai algumas dicas:


1. Use sempre panelas de barro para fazer arroz, cozinhar legumes ou fazer sopa. Além de ser mais saboroso, é mais saudável. De acordo com o livro, as pessoas que utilizam a panela de barro para preparar a comida, sente uma melhora na circulação sanguínea e consequentemente, um corpo aquecido.

 

2. Troque sal refinado por sal marinho. Este último apresenta grande quantidade de minerais que podem aquecer o corpo.

BENEFÍCIOS DO SAL MARINHO
  • Fornece a energia aos músculos
  • Ajuda a combater as carências provocadas por uma má alimentação
  • Diminui a acidez gástrica
  • Estimula a circulação sanguínea, respiratória, sistema nervoso, rins e vias urinárias
  • Bastam 3 a 4 semanas de consumo para remineralizar o organismo, enriquecimento extraordinário de cálcio, magnésio, fluor, etc.
  • É antialérgico
  • Estimula a cura de feridas, alivia a psoríase
  • Combate o bócio
  • Mantém o equilíbrio da tiróide
  • Regula o excesso de sódio e potássio
fonte: http://www.medicina-natural.pt/artigos/sal-marinho-integral-vs-sal-refinado.html

3. Não use açúcar refinado, substituindo-o pelo açúcar mascavo ou açúcar demerado














Receitas:


Sopa/canja de abóbora 

Ingredientes:

1/4 de abóbora
1 tigela de arroz integral
1/2 de cenoura
1/4 de repolho
1 colher de sopa de óleo de gergelim
1 colher de chá de sal
pimenta do reino a gosto
1 ou 2 colher de sopa de shoyo ou missô
10cm de alga kombu (onde comprar)





Modo de preparo:
1. Deixe alga kombu de molho por 2 horas e use-o para fazer caldo
2. Pique repolho e corte cenoura em tiras. Corte abóbora em cubos e tempera com um pouco de sal.
3. Pegue a panela de barro e coloque óleo de gergelim, ao aquecer, coloque os legumes na sequencia. Dica: ao colocar um tipo de legume, coloque uma pitada de sal, isso faz com que o legume fique mais saboroso.
4. Acrescente caldo de kombu, cozinhe no fogo médio, até que os legumes estejam bem cozidos. No final acrescente arroz integral cozido e kombu que havia deixado de molho.
5. Se quiser comer canja, pode acrescentar outros temperos do seu gosto e servir. Caso prefira sopa, espere esfriar e depois bata no liquidificador.
6. Após liquidificador, aquece novamente na panela de barro e tempere com sal e pimenta do reino. Pode acrescentar também shoyo ou missô.

Feijão vermelho com abóbora

Ingredientes:

1 copo de feijão vermelho
3 copo de água
1/2 de abóbora
1 colher de chá de sal
shoyu a gosto

Modo de preparo:

1. Lave bem feijão vermelho e coloque 3 copos de água para cozinhar. Se faltar água, pode acrescentar de acordo com a necessidade.
2. Corte abóbora em pedaços e salpique.
3. Quando feijão comece ficar mole, acrescente abóbora cortada e coloque a tampa. Cozinhe por mais 20 minutos.
4. Quando feijão e abóbora tiverem cozidos, tempere com sal e shoyu a gosto.


Fonte: Health law to warm the uterus

domingo, 6 de outubro de 2013

O rei e suas quatro esposas

Um rei que tinha quatro esposas. Ele amava demais a quarta esposa, e dava a ela jóias, roupas caras, tudo do bom e do melhor.
Mas ele também amava muito sua terceira esposa e gostava de mostrá-la aos reinados vizinhos.
Mas ele tinha medo que um dia, ela o deixasse por outro rei.
Ele também amava sua segunda esposa, que era sua confidente, era amorosa e paciente. Todas as vezes que o rei tinha que enfrentar um problema, confiava nela para atravessar esses tempos de dificuldade.
A primeira esposa era uma parceira muito fiel e fazia tudo o que estava ao seu alcance para manter o rei muito rico e poderoso. Mas o rei não a amava e agia como se nem soubesse de sua existência.
Um dia, o rei ficou muito doente e percebeu que seu fim estava próximo. Então ficou pensando em toda a luxúria da sua vida e concluiu:
É, agora eu tenho quatro esposas comigo, mas quando eu morrer, com quantas poderei contar?
Então chamou a quarta esposa e falou:
- E u te amei tanto, querida, te cobri das mais caras roupas e jóias.
Mostrei o quanto eu te amava cuidando bem de você. Agora que eu estou morrendo, você é capaz de morrer comigo, para não me deixar sozinho?
A quarta esposa respondeu:
De jeito nenhum! – disse isso e saiu do quarto sem sequer olhar para trás.
A resposta dela cortou o coração do rei como se fosse uma faca afiada.
Então chamou a terceira esposa e falou:
Eu também te amei muito a vida inteira. Agora que eu estou morrendo,
você é capaz de morrer comigo, para não me deixar sozinho?
A terceira esposa respondeu:
Não!!! A vida é boa demais. Quando você morrer, eu vou é casar de novo!
O coração do rei quase parou de tanta dor que sentiu ao ouvir as palavras da terceira esposa. E chamou a segunda esposa e falou:
Eu sempre recorri a você quando precisei de ajuda, e você sempre esteve ao meu lado. Quando eu morrer, você será capaz de morrer comigo, para me fazer companhia ?
A segunda esposa falou:
Sinto muito, mas desta vez eu não posso fazer o que me pede! O máximo que posso fazer é enterrar você !
Essa resposta veio como um trovão na cabeça do rei, e mais uma vez ele ficou arrasado.
Nesse momento, o rei ouviu uma voz que disse:
Eu partirei com você e o seguirei por onde for.
O rei levantou os olhos e viu sua primeira esposa, a única que ele não amava, e estava tão magrinha, mal nutrida, sofrida...
Arrependido o rei falou:
Eu deveria ter cuidado muito melhor de você enquanto eu ainda podia...

LIÇÃO DE VIDA:
Na verdade,  as “ quatro esposas ” nas nossas vidas são:
A  quarta esposa é o nosso corpo.
Apesar de todos os esforços que fazemos para manter nosso corpo saudável e bonito, ele nos deixará quando morrermos.
A terceira esposa são os nossos bens materiais. Quando morremos, tudo isso vai para os outros.
A  segunda esposa são nossa família e nossos amigos. Apesar de nos amarem muito e estarem sempre nos apoiando, o máximo que eles podem fazer é nos enterrar.
E  a primeira esposa é a nossa ALMA, muitas vezes deixada de lado por perseguirmos, durante a vida toda, a Riqueza, o Poder e os Prazeres do nosso Ego.
Nossa Alma é a única coisa que sempre estará conosco.
Cultive... Fortaleça... Abençoe... Enriqueça... sua Alma, agora!!! É o maior presente que você pode dar ao mundo... e a si mesmo. Deixe a sua alma brilhar!!!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Lankavatara Sutra - vegetarianismo



Todo o capítulo oitavo do Lankavatara Sutra, Dharani, é dedicado a expor as razões pelas quais o budista não deve consumir carne. O reproduzimos aqui na íntegra:
“Naquela época, Mahamati, o Bodhisattva-Mahasattva pediu ao abençoado por mais explicação: Fale-me Abençoado, Tathagata, Iluminado, sobre o mérito e vício relativo à questão de comer carne; para que deste modo eu e outros bodhisattvas do presente e do futuro possamos ensinar o Dharma a fim de fazer com que os seres abandonem seu ávido apego por carne, seres que sob a influência da energia do hábito relativo às existências carnívoras anseiam intensamente por comidas de carne. Esses comedores de carne, ao abandonarem esse desejo, irão buscar o Dharma e considerar todos os seres com amor, como se fossem seus filhos, e terão grande júbilo e compaixão pelos seres. Desenvolvendo compaixão eles irão colocar a si mesmos, com disciplina, nos estágios para a senda dos bodhisattvas e se tornarão despertos em grande iluminação.
Abençoado, mesmo aqueles filósofos que mantêm idéias errôneas e estão apegados às visões do Lokayata tais como o dualismo da existência e não-existência, o niilismo e o idealismo, mesmo eles irão proibir o consumo de carne e irão eles mesmos pararem de consumir. Ó Grande Instrutor, aquele que promove a misericórdia é um ser iluminado; não há nada de ruim em impedir o consumo de carne, não só para si mesmo, mas para os outros também. Sim, deixe que O Abençoado, cujo coração está preenchido com amor pelo mundo todo, que considera todos os seres como seus filhos e que possui grande compaixão em conformidade com seus sentimentos bondosos, ensine-nos sobre o mérito e vício relativo ao consumo de carne, de modo que eu e outros bodhisttavas possamos ensinar o Dharma.
O Iluminado respondeu: “Escute então, Mahamati, e reflita bem; Eu lhe direi.”
 “Certamente, ó Iluminado.” Respondeu Mahamati, o Bodhisattva-Mahasattva. E pôs-se a ouvir.
O Iluminado disse então a ele: Por inúmeras razões, Mahamati, o Bodhisattva, cuja natureza é compaixão, não deve comer nenhuma carne; Explicarei: Mahamati, nessa longa jornada de renascimentos, não há um ser que, tendo assumido a forma de um ser vivo, não tenha sido sua mãe, pai, irmão, irmã, filho ou filha, ou outro dos laços que unem; ao renascer poderão adquirir a forma de animais, selvagens ou domésticos; assim sendo, como pode um Bodhisattva-Mahasattva, que tenciona aproximar-se de todos os seres como se fossem ele mesmo e praticar as verdades ensinadas pelo Buda, comer a carne de seres vivos que possuem a mesma natureza que ele mesmo? Mahamati, mesmo o Rakshasa que ouve os discursos do Tathagata sobre a elevada essência do Dharma alcança a percepção da necessidade de proteger o Dharma e ter compaixão; até mesmo ele evita o consumo de carne. Então Mahamati, onde quer que haja evolução de seres vivos, que as pessoas divulguem com alegria o sentimento de equanimidade, e pensem que todos os seres vivos devem ser amados como filhos únicos, que todos deixem de comer carne! A carne de um cachorro, jumento, búfalo, cavalo, homem ou qualquer outro ser, não é para ser comida. O Bodhisattva, portanto, não deve comer carne.
Pelo amor à pureza, Mahamati, o Bodhisattva deve evitar a carne, que nasce através de sêmen e sangue etc. Por receio de causar sofrimento a outros seres, Mahamati, o Bodhisattva, que se dedica a atingir elevada compaixão, não deve comer carne. Para ilustrar: quando um cão vê à distância um caçador, cujo desejo é comer carne, ele se apavora e pensa “eles são assassinos, irão me matar”. Da mesma maneira, Mahamati, até mesmo os animais que vivem nos céus, na terra e na água, ao verem comedores de carne à distância, perceberão nos caçadores, por seu aguçado olfato, o desejo por carne, e fugirão de tais pessoas o mais rápido que puderem; pois tais pessoas são para os animais a ameaça de morte. Por esta razão, Mahamati, que o Bodhisattva que se dedica ao caminho da iluminação, que busca ater-se à grande compaixão, deixa de comer carne, para não aterrorizar os seres vivos. Mahamati, a carne, morta por pessoas sem sabedoria, está cheia de um odor fétido e consumi-la traz má reputação, o que faz com que pessoas sábias se afastem; O Bodhisattva não come carne. A comida dos sábios, Mahamati, é a mesma dos Rishis. Não consiste de carne e sangue. Portanto, Mahamati, o Bodhisattva não come carne.
A fim de proteger a mente de todas as pessoas, o Bodhisattva, cuja natureza é pura e santa e que não deseja que o ensinamento do Buda seja distorcido, abstém-se de carne. Pois, Mahamati, há pessoas que falam mal do ensinamento do Buda, elas dizem: “Porque aqueles que dizem estar vivendo a vida de um Sramana ou um Brâmane rejeitam a comida consumida pelos Rishis e, como animais carnívoros vagam pelo mundo aterrorizando as criaturas, ignorando a vida que deve ser levada pelo Sramana e destruindo os votos do Brâmane? Não há nenhum Dharma em suas mentes, nenhuma disciplina.” Há muitas pessoas que por essa causa tornam-se mentalmente desfavoráveis aos ensinamentos do Buda. Por esta razão, Mahamati, a fim de proteger a mente das pessoas, o Bodhisattva, cuja natureza é cheia de misericórdia e que deseja evitar que o ensinamento do Buda seja distorcido, abstém-se de carne.
Mahamati, o odor fétido emitido por um cadáver é ofensivo. Que o Bodhisattva abstenha-se de carne. Quando carne é queimada, seja de um homem morto ou de outra criatura, não há distinção entre o odor. Qualquer tipo de carne, quando queimada, emite um odor igualmente nocivo. Portanto, Mahamati, que o Bodhisattva, que deseja a pureza em sua prática, abstenha-se totalmente do consumo de carne.
Mahamati, quando filhas da boa linhagem, desejando exercitarem-se em várias disciplinas, tais como o desenvolvimento de um coração compassivo, o domínio de fórmulas mágicas, ou o conhecimento mágico perfeito, ou, ao engajarem-se em uma peregrinação pela senda Mahayana, retiram-se para lugares isolados, demônios se aproximarão delas se ainda comerem carne. Se, sentadas em poltronas ou assentos dedicados à prática, serão impedidas de desenvolver siddhis ou alcançar a libertação por causa do consumo de carne.
Até mesmo a visão de formas objetivas faz com que surja o desejo de provar seu sabor, que o Bodhisttava, cheio de piedade e considerando todos os seres como seus filhos, abstenha-se de carne completamente. Reconhecendo que sua boca tem cheiro extremamente fétido, mesmo estando vivo, o Bodhisattva, cuja natureza é piedade, abstém-se totalmente de comer carne.
O comedor de carne dorme mal e acorda perturbado. Ele sonha com acontecimentos terríveis. Ele vive sozinho em uma cabana vazia; seu espírito é perseguido por demônios. Freqüentemente ele é abatido pelo medo, ele treme, sem saber o por quê. Não há regularidade em sua dieta e ele nunca está satisfeito. Em seu comer, ele nunca sabe o que é o gosto próprio dos alimentos, a digestão e a nutrição. Suas vísceras estão entupidas com vermes e outras criaturas impuras por causa da carne. Ele já não se sente tão avesso a doenças. Se eu ensino que consideremos a comida com se estivéssemos comendo nossos próprios filhos ou tomando drogas, como poderia eu permitir que meus discípulos, Mahamati, alimentassem-se de carne e sangue, que são gratificantes aos tolos mas abomináveis aos sábios, que trazem muito mal e afastam muitos méritos; que não são oferecidas aos Rishis e são inadequadas?
Agora, Mahamati, a comida que eu permito que meus discípulos consumam agrada aos sábios e é evitada pelos ignorantes; mantém a maldade afastada e é prescrita pelos antigos Rishis. Consiste de arroz, cevada, trigo, feijões, lentilha, óleos, mel, melado, frutas etc.; comida preparada com estes ingredientes é a boa comida. Mahamati, pode haver pessoas irracionais no futuro que irão discriminar e estabelecer novas regras de disciplina ética e que, sob a influência da energia de hábito pertencente às raças carnívoras, irão avidamente desejar o gosto da carne: não é para tais pessoas que a alimentação acima foi sugerida. Mahamati, esta é a comida que eu indico para os Bodhisattvas-Mahasattvas, que se dedicaram aos Budas, que germinaram sementes de bondade e têm confiança. Aqueles que são todos da família do Sakyamuni, filhos e filhas de boas famílias, que não têm apego ao corpo, à vida, às propriedades, que não cobiçam prazeres, não são gananciosos, que, sendo compassivos, desejam abarcar a todos os seres vivos e consideram a todos como eles mesmos, que têm afeto pelos seres como se fossem seus filhos.
Há muitos males em comer carne Mahamati, numerosos vícios são gerados nas mentes pervertidas daqueles que estão engajados no consumo de carne. Os ignorantes e de mente fraca não estão cientes de tudo isso, e dos deméritos ligados ao consumo de carne. Saiba, Mahamati, que conhecendo isto, o Bodhisattva, cuja natureza é piedade, abstém-se de carne.
Mahamati, se a carne não é consumida por ninguém por razão alguma, então não haverá mais destruição da vida. Na maioria dos casos o extermínio de seres inocentes é feito por motivos de orgulho e raramente por outras causas. Nada de bom pode ser dito sobre comer a carne de seres sencientes, e alguém contaminado pelo ávido desejo de carne pode chegar ao ponto de comer carne humana! Mahamati, na maioria dos casos, armadilhas e outros dispositivos são colocadas em vários locais por pessoas que perderam a noção de seu apego pelo gosto da carne, e, assim, muitas vítimas inocentes são destruídas por causa do valor atribuído a elas. Há até mesmo aqueles, Mahamati, que são como Rakshasas de coração duro, e que costumam praticar crueldades. Aqueles que, sendo completamente sem compaixão, pensarão nos seres vivos como sendo destinados ao consumo e destruição – nenhuma compaixão surgirá nesses.
Não é verdade que a carne é comida aceitável e permissível para o Sravaka quando a vítima não foi morta por este, quando este não pediu a outros que a matassem e quando não era especialmente destinada a ele. Novamente, Mahamati, haverá pessoas inconseqüentes no futuro que se engajando no caminho ensinadas por mim e conhecidas como filhos de Sakya, pessoas que vestirão o manto Kashaya como um emblema, mas que serão em pensamento terrivelmente afetadas pelo klesha das noções errôneas. Eles falarão sobre suas várias práticas de disciplina, apegados à visão de uma alma pessoal. Sob a influência do desejo pelo sabor da carne criarão argumentos sofistas para defender o consumo de carne. Pensarão que estarão permitindo que eu seja caluniado quando falam de fatos possíveis de interpretar de várias formas. Imaginando que este fato em particular seja possível interpretar, eles concluirão que o Iluminado permite o consumo de carne, e que esta é mencionada entre os alimentos permitidos e que provavelmente o próprio Tathagata o consumiu. Mas, Mahamati, em lugar algum nos sutras o consumo de carne é permitido, nem referido como sendo próprio entre os alimentos sugeridos aos seguidores do Buda.
Se eu tivesse, Mahamati, uma mente que permitisse o consumo de carne, se eu dissesse que ela é própria para os Sravakas, eu não teria proibido o consumo de carne para estes iogues, filhos e filhas da boa linhagem. Desejando compartilhar a idéia de que todos os seres vivos são para eles como um filho único, esses iogues são compassivos, praticam a contemplação e uma vida ascética, eles seguem o caminho do Mahayana. Mahamati, este ensinamento de que não se deve comer carne é aqui dado a todos os filhos e filhas da boa linhagem, sejam eles ascetas das florestas ou iogues que praticam os exercícios, se eles desejam o Dharma e estão trilhando o caminho. Possuindo compaixão, consideram todos os seres como filhos, assim atingem a meta de sua disciplina.
Nos textos canônicos o processo de disciplina é desenvolvido em seqüência ordenada, como uma escada em que se sobe passo a passo, degrau por degrau, cada um unido ao outro de maneira regular e metódica. Há uma proibição quanto à carne encontrada em animais já mortos. No presente sutra qualquer forma de consumo de carne, de qualquer maneira e em qualquer lugar, é incondicionalmente e uma vez por todas, proibida a todos. Assim, Mahamati, eu não permito que ninguém coma carne, nem permitirei. Alimentar-se de carne, Mahamati, é impróprio para monges. Poderá haver alguns, Mahamati, que dirão que o Tathagata consumiu carne, eles o farão achando que isso irá caluniá-lo. Pessoas ignorantes como essas serão amaldiçoadas por seu próprio carma impeditivo, e cairão nas regiões onde longas noites se passam sem ganho nem alegria. Mahamati, os nobres Sravakas não consomem a comida das pessoas comuns, muito menos a comida que vem da carne e do sangue, que é de todo imprópria. Mahamati, o alimento próprio para meus Sravakas, Pratyekabuddhas e Bodhisattvas é o Dharma, e não a carne. O Tathagata é o Dharmakaya, Mahamati; ele se atém ao Dharma como alimento; seu corpo não é um corpo que se alimentou de carne; ele não suporta nenhum alimento cárneo. Ele já se expurgou da energia-hábito de sede e desejo que mantém preso à existência; ele mantém a má energia-hábito das paixões afastada; ele é totalmente emancipado em mente e sabedoria; ele é aquele que tudo sabe, que tudo vê; ele considera a todos os seres com imparcialidade e como seus filhos; ele é um grande coração compassivo. Mahamati, considerando que todos os seres são como um filho único, como posso eu permitir que os Sravakas comam a carne de seus próprios filhos? Muito menos eu o faria! Afirmar que eu permiti que os Sravakas, assim como eu mesmo, tomassem parte no hábito de comer carne, Mahamati, é algo totalmente sem fundamento.
É dito:
    1. Licor, carne e cebola devem ser evitados pelos Bodhisattvas-Mahasattvas e por aqueles que são heróis da vitória.
    2. A carne não agrada aos sábios: possui um odor fétido e nauseante, causa má reputação, é comida para os carnívoros; Digo-lhe Mahamati, não deve ser consumida.
    3. Àqueles que consomem carne há efeitos ruins, àqueles que não a consomem, méritos; Mahamati, você deve saber que os comedores de carne trazem para si mau carma.
    4. Que o iogue deixe de comer carne, já que a carne também cresce nele e o ato de comê-la é uma transgressão, já que a carne é produzida por sêmen e sangue e o ato de matar os animais aterroriza os seres.
    5. Que o iogue sempre deixe de comer carne, cebola e os vários tipos de licor e alho.
    6. Não unte seu corpo com óleo de gergelim; não durma em uma cama cheia de espinhos; os seres que vivem em cavidades e fora delas ficarão terrivelmente assustados.
    7. Do comer carne surge arrogância, da arrogância surge uma noção errônea, e dela a ganância; por esta razão deixe de comer carne.
    8. Da imaginação surge a ganância, e com a ganância a mente fica estupefata; surge apego à estupefação e assim não há libertação do nascimento e morte.
    9. Por causa de lucro seres sencientes são destruídos, pela carne é dado dinheiro, isto é uma ação errônea e a ação irá maturar nos infernos.
    10. Aquele que come carne, ignorando as palavras do Muni, tem uma mente maldosa; ele é apontado nos ensinamentos do Sakya como o destruidor do bem-estar dos dois mundos.
    11. Esses causadores de mal irão para os mais terríveis infernos; comedores de carne serão jogados em horríveis infernos, tais como o Raurava etc..
    12. Não há carne que possa ser considerada pura, seja ela não premeditada, não pedida e não impelida. Portanto, deixe de comer carne.
    13. Que o iogue não coma carne, é proibido por mim assim como pelos Budas; Seres que se alimentam uns dos outros renascerão entre os animais carnívoros.
    14. Aquele que come carne cheira mal, é desdenhoso e privado de inteligência; ele nascerá novamente e novamente nas famílias de Candala, Pukkasa e Domba.
    16. O consumo de carne é rejeitado por mim em sutras como o Hastikakshya, o Mahamegha, o Nirvana, o Anglimalika e este, o Lankavatara.
    17. O consumo de carne é condenado pelos Budas, Bodhisattvas e Sravakas; se alguém devora a carne sem sentir-se envergonhado, para sempre esta pessoa será insensata.
    18. Aquele que evita a carne etc., nascerá, por causa disso, na família dos Brâmanes, dos Iogues, dotado com conhecimento e bem-estar.
    19. Que a pessoa evite todo tipo de consumo de carne, ignorando o que outros possam dizer; esses teóricos que nasceram em famílias carnívoras não entendem nada.
    20. Assim como a ganância é um impedimento para a libertação; da mesma forma, consumir carne, licor etc., também são impedimentos.
    21. Poderá haver uma época em que as pessoas passem a fazer tolas afirmações sobre o consumo de carne, dizendo: “A carne é própria para se comer e permitida pelo Buda”.
    22. “Comer carne é uma medicina”; novamente, lembre que é a carne de uma criança; siga as medidas corretas e seja avesso à carne.
    23. O consumo de carne é proibido por mim em todo lugar e em todos os tempos para aqueles que estão procurando desenvolver a compaixão; aquele que come carne renascerá como um leão, tigre, lobo etc.
    24. Portanto, não coma carne, tal ato causará terror entre as pessoas, pois impede que surja a verdade da libertação; Deixar de comer carne – este é o ensinamento dos Sábios.
Aqui termina o oitavo capítulo, “Sobre o consumo de carne”, do Sutra Lankavatara, a essência do ensinamento de todos os Budas.”

Livro completo: http://www.amentemente.com/Textos/O%20Lankavatara%20Sutra.html
Fonte: http://rodadalei.blogspot.com.br/2012/10/budismo-e-vegetarianismo-tudo-ver.html


La Belle Verte - The Green Beautiful [1996]





segunda-feira, 16 de julho de 2012

Bíblia: Provérbio 15 prato de hortaliça e compaixão



1 A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.

2 A língua dos sábios destila o conhecimento; porém a boca dos tolos derrama a estultícia.

3 Os olhos do Senhor estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons.

4 Uma língua suave é árvore de vida; mas a língua perversa quebranta o espírito.

5 O insensato despreza a correção e seu pai; mas o que atende à admoestação prudentemente se haverá.

6 Na casa do justo há um grande tesouro; mas nos lucros do ímpio há perturbação.

7 Os lábios dos sábios difundem conhecimento; mas não o faz o coração dos tolos.

8 O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor; mas a oração dos retos lhe é agradável.

9 O caminho do ímpio é abominável ao Senhor; mas ele ama ao que segue a justiça.

10 Há disciplina severa para o que abandona a vereda; e o que aborrece a repreensão morrerá.

11 O Seol e o Abadom estão abertos perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos dos homens!

12 O escarnecedor não gosta daquele que o repreende; não irá ter com os sábios.

13 O coração alegre aformoseia o rosto; mas pela dor do coração o espírito se abate.

14 O coração do inteligente busca o conhecimento; mas a boca dos tolos se apascenta de estultícia.

15 Todos os dias do aflito são maus; mas o coração contente tem um banquete contínuo.

16 Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro, e com ele a inquietação.

17 Melhor é um prato de hortaliça, onde há amor, do que o boi gordo, e com ele o ódio.

18 O homem iracundo suscita contendas; mas o longânimo apazigua a luta.

19 O caminho do preguiçoso é como a sebe de espinhos; porém a vereda dos justos é uma estrada real.

20 O filho sábio alegra a seu pai; mas o homem insensato despreza a sua mãe.

21 A estultícia é alegria para o insensato; mas o homem de entendimento anda retamente.

22 Onde não há conselho, frustram-se os projetos; mas com a multidão de conselheiros se estabelecem.

23 O homem alegra-se em dar uma resposta adequada; e a palavra a seu tempo quão boa é!

24 Para o sábio o caminho da vida é para cima, a fim de que ele se desvie do Seol que é em baixo.

25 O Senhor desarraiga a casa dos soberbos, mas estabelece a herança da viúva.

26 Os desígnios dos maus são abominação para o Senhor; mas as palavras dos limpos lhe são aprazíveis.

27 O que se dá à cobiça perturba a sua própria casa; mas o que aborrece a peita viverá.

28 O coração do justo medita no que há de responder; mas a boca dos ímpios derrama coisas más.

29 Longe está o Senhor dos ímpios, mas ouve a oração dos justos.

30 A luz dos olhos alegra o coração, e boas-novas engordam os ossos.

31 O ouvido que escuta a advertência da vida terá a sua morada entre os sábios.

32 Quem rejeita a correção menospreza a sua alma; mas aquele que escuta a advertência adquire entendimento.

33 O temor do Senhor é a instrução da sabedoria; e adiante da honra vai a humildade.

Bíblia: Provérbio 23 Não estejas entre os comilões de carne...



1 Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para aquele que está diante de ti;

2 e põe uma faca à tua garganta, se fores homem de grande apetite.

3 Não cobices os seus manjares gostosos, porque é comida enganadora.

4 Não te fatigues para seres rico; dá de mão à tua própria sabedoria:

5 Fitando tu os olhos nas riquezas, elas se vão; pois fazem para si asas, como a águia, voam para o céu.

6 Não comas o pão do avarento, nem cobices os seus manjares gostosos.

7 Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo.

8 Vomitarás o bocado que comeste, e perderás as tuas suaves palavras.

9 Não fales aos ouvidos do tolo; porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.

10 Não removas os limites antigos; nem entres nos campos dos órfãos,

11 porque o seu redentor é forte; ele lhes pleiteará a causa contra ti.

12 Aplica o teu coração à instrução, e os teus ouvidos às palavras do conhecimento.

13 Não retires da criança a disciplina; porque, fustigando-a tu com a vara, nem por isso morrerá.

14 Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do Seol.

15 Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, ó, meu próprio;

16 e exultará o meu coração, quando os teus lábios falarem coisas retas.

17 Não tenhas inveja dos pecadores; antes conserva-te no temor do Senhor todo o dia.

18 Porque deveras terás uma recompensa; não será malograda a tua esperança.

19 Ouve tu, filho meu, e sê sábio; e dirige no caminho o teu coração.

20 Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.

21 Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência cobrirá de trapos o homem.


22 Ouve a teu pai, que te gerou; e não desprezes a tua mãe, quando ela envelhecer.

23 Compra a verdade, e não a vendas; sim, a sabedoria, a disciplina, e o entendimento.

24 Grandemente se regozijará o pai do justo; e quem gerar um filho sábio, nele se alegrará.

25 Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se aquela que te deu à luz.

26 Filho meu, dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos.

27 Porque cova profunda é a prostituta; e poço estreito é a aventureira.

28 Também ela, como o salteador, se põe a espreitar; e multiplica entre os homens os prevaricadores.

29 Para quem são os ais? para quem os pesares? para quem as pelejas, para quem as queixas? para quem as feridas sem causa? e para quem os olhos vermelhos?

30 Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada.

31 Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.

32 No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará.

33 Os teus olhos verão coisas estranhas, e tu falarás perversidades.

34 o serás como o que se deita no meio do mar, e como o que dorme no topo do mastro.

35 E diràs: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? ainda tornarei a buscá-lo outra vez.