segunda-feira, 16 de julho de 2012

Bíblia: Provérbio 15 prato de hortaliça e compaixão



1 A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.

2 A língua dos sábios destila o conhecimento; porém a boca dos tolos derrama a estultícia.

3 Os olhos do Senhor estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons.

4 Uma língua suave é árvore de vida; mas a língua perversa quebranta o espírito.

5 O insensato despreza a correção e seu pai; mas o que atende à admoestação prudentemente se haverá.

6 Na casa do justo há um grande tesouro; mas nos lucros do ímpio há perturbação.

7 Os lábios dos sábios difundem conhecimento; mas não o faz o coração dos tolos.

8 O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor; mas a oração dos retos lhe é agradável.

9 O caminho do ímpio é abominável ao Senhor; mas ele ama ao que segue a justiça.

10 Há disciplina severa para o que abandona a vereda; e o que aborrece a repreensão morrerá.

11 O Seol e o Abadom estão abertos perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos dos homens!

12 O escarnecedor não gosta daquele que o repreende; não irá ter com os sábios.

13 O coração alegre aformoseia o rosto; mas pela dor do coração o espírito se abate.

14 O coração do inteligente busca o conhecimento; mas a boca dos tolos se apascenta de estultícia.

15 Todos os dias do aflito são maus; mas o coração contente tem um banquete contínuo.

16 Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro, e com ele a inquietação.

17 Melhor é um prato de hortaliça, onde há amor, do que o boi gordo, e com ele o ódio.

18 O homem iracundo suscita contendas; mas o longânimo apazigua a luta.

19 O caminho do preguiçoso é como a sebe de espinhos; porém a vereda dos justos é uma estrada real.

20 O filho sábio alegra a seu pai; mas o homem insensato despreza a sua mãe.

21 A estultícia é alegria para o insensato; mas o homem de entendimento anda retamente.

22 Onde não há conselho, frustram-se os projetos; mas com a multidão de conselheiros se estabelecem.

23 O homem alegra-se em dar uma resposta adequada; e a palavra a seu tempo quão boa é!

24 Para o sábio o caminho da vida é para cima, a fim de que ele se desvie do Seol que é em baixo.

25 O Senhor desarraiga a casa dos soberbos, mas estabelece a herança da viúva.

26 Os desígnios dos maus são abominação para o Senhor; mas as palavras dos limpos lhe são aprazíveis.

27 O que se dá à cobiça perturba a sua própria casa; mas o que aborrece a peita viverá.

28 O coração do justo medita no que há de responder; mas a boca dos ímpios derrama coisas más.

29 Longe está o Senhor dos ímpios, mas ouve a oração dos justos.

30 A luz dos olhos alegra o coração, e boas-novas engordam os ossos.

31 O ouvido que escuta a advertência da vida terá a sua morada entre os sábios.

32 Quem rejeita a correção menospreza a sua alma; mas aquele que escuta a advertência adquire entendimento.

33 O temor do Senhor é a instrução da sabedoria; e adiante da honra vai a humildade.

Bíblia: Provérbio 23 Não estejas entre os comilões de carne...



1 Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para aquele que está diante de ti;

2 e põe uma faca à tua garganta, se fores homem de grande apetite.

3 Não cobices os seus manjares gostosos, porque é comida enganadora.

4 Não te fatigues para seres rico; dá de mão à tua própria sabedoria:

5 Fitando tu os olhos nas riquezas, elas se vão; pois fazem para si asas, como a águia, voam para o céu.

6 Não comas o pão do avarento, nem cobices os seus manjares gostosos.

7 Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo.

8 Vomitarás o bocado que comeste, e perderás as tuas suaves palavras.

9 Não fales aos ouvidos do tolo; porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.

10 Não removas os limites antigos; nem entres nos campos dos órfãos,

11 porque o seu redentor é forte; ele lhes pleiteará a causa contra ti.

12 Aplica o teu coração à instrução, e os teus ouvidos às palavras do conhecimento.

13 Não retires da criança a disciplina; porque, fustigando-a tu com a vara, nem por isso morrerá.

14 Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do Seol.

15 Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, ó, meu próprio;

16 e exultará o meu coração, quando os teus lábios falarem coisas retas.

17 Não tenhas inveja dos pecadores; antes conserva-te no temor do Senhor todo o dia.

18 Porque deveras terás uma recompensa; não será malograda a tua esperança.

19 Ouve tu, filho meu, e sê sábio; e dirige no caminho o teu coração.

20 Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.

21 Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência cobrirá de trapos o homem.


22 Ouve a teu pai, que te gerou; e não desprezes a tua mãe, quando ela envelhecer.

23 Compra a verdade, e não a vendas; sim, a sabedoria, a disciplina, e o entendimento.

24 Grandemente se regozijará o pai do justo; e quem gerar um filho sábio, nele se alegrará.

25 Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se aquela que te deu à luz.

26 Filho meu, dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos.

27 Porque cova profunda é a prostituta; e poço estreito é a aventureira.

28 Também ela, como o salteador, se põe a espreitar; e multiplica entre os homens os prevaricadores.

29 Para quem são os ais? para quem os pesares? para quem as pelejas, para quem as queixas? para quem as feridas sem causa? e para quem os olhos vermelhos?

30 Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada.

31 Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.

32 No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará.

33 Os teus olhos verão coisas estranhas, e tu falarás perversidades.

34 o serás como o que se deita no meio do mar, e como o que dorme no topo do mastro.

35 E diràs: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? ainda tornarei a buscá-lo outra vez.

Bíblia: vegetarianismo (velho testamento)

Ezequiel 4

14 Então disse eu: Ah Senhor Deus! eis que a minha alma não foi contaminada: pois desde a minha mocidade até agora jamais comi do animal que morre de si mesmo, ou que é dilacerado por feras; nem carne abominável entrou na minha boca.

Isaías 7

10 De novo falou o Senhor com Acaz, dizendo:

11 Pede para ti ao Senhor teu Deus um sinal; pede-o ou em baixo nas profundezas ou em cima nas alturas.

12 Acaz, porém, respondeu: Não o pedirei nem porei à prova o Senhor.

13 Então disse Isaías: Ouvi agora, ó casa de Davi: Pouco vos é afadigardes os homens, que ainda afadigareis também ao meu Deus?

14 Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.

15 Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem.


Isaías 59


1 Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir;

2 mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça.

3 Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos de iniqüidade; os vossos lábios falam a mentira, a vossa língua pronuncia perversidade.


terça-feira, 27 de março de 2012

God and me

Me: God,can i ask you a question?

GOD: Sure

Me: Promise me...you won't get mad

GOD: I promise

Me: Why did you let so much stuff happen to me today?

GOD: What do you mean?

Me: Well, i woke up late

GOD: Yes

Me: My car took forever to start

GOD: Okay

Me: On the way home, my phone went DEAD, just as i picked up a call

GOD: All right

Me: And on top of it all off, when i got home , i just want to soak my feet in new foot massager & relax. But it wouldn't work !!! Nothing went right today ! Why did you do that?

GOD: Let me see, the death angel was at your bed this morning ,i had to send one of my angels to battle him for your life. I let you sleep through that

Me: OH

GOD: I didn't let your car start because there was a drunk driver on your route that would have hit you if you were on the road.

Me: (ashamed)

GOD: Your phone went dead bcuz the person that was calling was going to give false witness about what you said on that call, I didn't even let you talk to them so you would be covered.

Me: I see God

GOD: Oh and that foot massager, it had a shortage that was going to throw out all of the power in your house tonight. I didn't think you wanted to be in the dark.

Me: I'm Sorry God

GOD: Don't be sorry, just learn to Trust Me...in All things , the Good & the bad.

Me: I will trust you

GOD: And don't doubt that My plan for your day is Always Better than your plan.

Me: I won't ,God...let me just tell you , Thank you for Everything today.

GOD: You're welcome son . It was just another day being your God and I Love looking after My Children..


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A LEOA QUE NÃO QUERIA COMER CARNE

São todos os leões carnívoros ferozes que precisam comer carne para sobreviver? Aparentemente não!

A revista australiana "Creation ex-nihilo"  vol. 22, nº 2, de março-maio de 2000 publicou um artigo de David Catchpoole com o título acima, que não só apresenta um caso, real, inteiramente incomum, como também aponta para o cumprimento de profecias que falam da restauração de nosso planeta às condições originais, com o leão e o cordeiro pacificamente pastando juntos!


No começo deste século, uma leoa africana, nascida e crescida nos Estados Unidos, viveu todos os nove anos de sua vida sem jamais comer carne (1). De fato, seus donos, Georges e Margaret Westbean (2), preocupados com publicações de cunho científico advertindo que os animais carnívoros não poderiam viver sem comer carne, tentaram de todos os modos induzir o seu incomum animal de estimação (ao qual deram o nome de "Little Tyke") a desenvolver o apetite pela carne. Chegaram até a anunciar uma recompensa em dinheiro para quem conseguisse elaborar uma ração contendo carne, que a leoa aceitasse. O curador de um jardim zoológico de Nova York aconselhou que o casal Westbean pusesse algumas gotas de sangue na mamadeira de Little Tyke para ajudá-la a se acostumar, mas a leoa, ainda pequena, recusou sequer tocá-la, mesmo quando somente uma única gota de sangue tivesse sido introduzida.
Os mais famosos especialistas em animais, dentre os numerosos visitantes da fazenda Hidden Valley, de 40 hectares, dos Westbeans, também deram vários conselhos, mas nenhum deles funcionou. Nesse meio-tempo, Little Tyke continuava a passar extremamente bem, com sua dieta de cereais em grão,
cozidos, ovos e leite. Aos quatro anos de idade, a leoa, já adulta, pesava 160 quilos.
Como escreve Georges Westbean, foi um jovem visitante à fazenda do Hidden Valley que finalmente despertou a sua mente quanto à resposta da questão de como induzir Little Tyke a comer carne (o que se achava ser essencial para a sobrevivência dos carnívoros): 'Ele voltou seu olhar para mim, seriamente, e perguntou: Você não lê a sua Bíblia? Admiti que não a lia tanto quanto provavelmente deveria. Então continuou ele: Leia Gênesis 1:30, e Você encontrará a resposta. Na primeira oportunidade, peguei minha Bíblia e procurei a passagem que ele havia indicado. Para minha total surpresa, li estas palavras: "E a todo animal na terra, e a toda ave no céu, e a tudo que rasteja sobre a terra, em que existe vida, dei-lhes a erva verde para alimento (em Inglês meat, que também
significa carne); e assim foi."
Os donos de Little Tyke, embora aparentemente não sendo cristãos, aceitaram tanto o que leram, que não mais se preocuparam com a recusa da leoa a comer carne, e passaram a procurar aprimorar a sua "dieta vegetariana" (3), com novos cereais a serem incorporados ao alimento dela. Numerosos cereais foram moídos e misturados ainda secos, então cozidos e adicionados ao leite e aos ovos. A leoa passou a alimentar-se com essa ração todas as manhãs e as tardes, e às vezes ao meio-dia também. Para a saúde de suas gengivas e dentes - pois ela recusava todos os oferecimentos de ossos para roer - foram-lhe dadas pesadas botas de borracha para mastigar, que duravam em geral cerca de três semanas. Com essa dieta, a leoa não só sobreviveu, mas manteve-se em excelente estado. Um dos 'mais capazes curadores de jardins zoológicos' dos Estados Unidos teria dito que ela era o melhor espécime de sua espécie, que jamais houvera visto.
Além de Little Tyke, os Westbans criavam também outras espécies de animais em sua fazenda. Um grande número de visitantes em Hidden Valley foi motivado pela perspectiva de ver o leão vivendo com o cordeiro, em situação semelhante à da profecia de Isaías 11:6. Ver a leoa vivendo placidamente em companhia de ovelhas, vacas e aves domésticas, causava profunda impressão em
muitos visitantes.
Filmes na televisão (4) e fotografias de Little Tyke na imprensa também impressionaram muitas pessoas, como uma que escreveu: Nada me fez mais contente do que a sua fotografia do leão e do cordeiro. Ela me ajudou a crer na Bíblia.
À luz deste caso de Little Tyke, e de outros relatos de animais carnívoros sobrevivendo com base em dietas vegetarianas (5), certamente é mais fácil reportar-se ao relato de Gênesis relativo aos animais vivendo exclusivamente em regime vegetariano anteriormente à queda (6).
A observação feita por Georges Westbean de que para manter bem o seu estômago, Little Tyke passava cerca de uma hora comendo o suculento capim dos pastos, e também uma vívida lembrança das profecias de Isaías 11:7 e 65:25: "... o leão comerá palha como o boi."
Referências e Notas
  1. Westbean, G., Little Tyke: the story of a gentle vegetarian lioness, Theosophical Publishing House, IL, USA, 1986. (Informações retiradas das páginas 3-6, 17, 32-35, 59-60, 113-114).
  2. A leoa havia sido dada para os Westbeans como uma cria severamente machucada, pelo Zoológico que abrigava sua mãe. A mãe havia matado todas as suas crias de seus quatro partos anteriores, imediatamente após ter dado à luz. Desta vez, porém, os funcionários do Zoológico ficaram de sobreaviso, prontos para resgatar a cria no momento do parto. Foram bem sucedidos no resgate, mas não antes das poderosas mandíbulas da mãe rapidamente terem ferido a perna frontal direita de Little Tyke.
  3. Muitas pessoas incluem ovos não galados nas atuais dietas vegetarianas, pois isso não envolveria a morte de animais. Embora possa parecer improvável que ovos (ou leite para animais adultos) fizessem parte da dieta anterior à queda, o ponto a ser destacado aqui é que os leões não necessitam de carne para a sobrevivência. É provável que muitas plantas hoje extintas constituíssem fontes bastante ricas de proteínas no reino vegetal anterior à queda e ao dilúvio.
  4. Lamentavelmente, enquanto estava em Hollywood para a filmagem de um programa de televisão para uma cadeia nacional, Little Tyke contraiu pneumonia, e morreu algumas semanas depois.
  5. Quando morei na Indonésia, na década de 1980, várias famílias me contaram que nunca haviam dado carne aos seus cães de estimação, embora fosse possível que ossos estivessem contidos nas rações que lhes davam. Outros relatos sugerem ser essa uma prática comum naquele país.
  6. A Bíblia não nos dá detalhes de como a mudança de dieta vegetariana para carnívora ocorreu após a queda. Uma possibilidade seria ter havido um replanejamento divino. Mesmo que os leões hoje não necessitem comer carne para sobreviver, isso não invalidaria o relato de Gênesis. Para uma discussão mais completa do tema, ver o livro The Answer Book publicado por Answers in Genesis (editora da revista Creation ex-nihilo")


Para comprar o livro: http://www.americanas.com.br/produto/7105053/livro-leoa-vegetariana-a
Para baixar o livro: http://animalliberationfront.com/Saints/Authors/Stories/Little-Tyke-small.pdf


Versão em inglês:
Revista: http://creation.com/the-lion-that-wouldnt-eat-meat
http://articlesofhealth.blogspot.com/2007/08/lion-who-would-not-eat-meat.html

E se o estomago não digere e sim alcaliniza a alimentação?



A segui é link de um texto científico explicando o que ocorre quando a comida entra no estomago e o processo de "digestão".

Pode ser vista como uma prova para mostrar o porquê do não comer carne, já que o nosso corpo foi feito para ser de caráter alcalina e não ácida,
e excesso de acidez provocado pelo consumo de carne ou derivados de
leite pode nos adoecer.

Articles of Health: THE STOMACH DOES NOT DIGEST FOOD! IT ALKALIZES FOO...: The following scientific discourse are twenty-five important points to understand concerning the creation of sodium bicarbonate (NaHCO3) and...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Sexto Patriarca




tradição budhista
por É TUDO VAZIO

Havia, há muito tempo, na China, um homem sábio e santo chamado de O Quinto Patriarca. Um dia, o Quinto Patriarca, vendo que era o momento de escolher aquele que seria o Sexto Patriarca, pediu para que seus discípulos escrevessem um poema com o objetivo de avaliar o nível de iluminação de cada um. Aquele que passasse no teste seria o Sexto Patriarca. Então um monge escreveu na parede do corredor o seguinte verso:




O corpo é uma árvore bodh onde há um espelho que é nossa mente.
Devemos sempre polir o espelho para a poeira nele não se assentar.

Ao lerem isso os monges ficaram exaltados pois achavam que quem compôs o poema seria o Sexto Patriarca e começaram a recitar o poema considerando-o santo. Entretanto, vendo aquilo, o Quinto Patriarca disse para o monge que compôs os versos que ele ainda não tinha compreendido a verdade.

Havia no mosteiro um jovem leigo, analfabeto, que trabalhava na cozinha e tendo também escutado o poema, desejou compor outro. Então, pediu para que um monge escrevesse os versos ao lado do primeiro. Dizia o seguinte, o poema do monge analfabeto:

Não há árvore bodh, não há nenhum espelho.
Se não há espelho onde poderia a poeira se assentar ?

Ele se tornou o Sexto Patriarca. Hui-nen

A diferença entre Céu e Inferno está na intenção



Um Samurai grande e forte, de índole violenta, foi procurar um pequenino monge.
- Monge - disse, numa voz acostumada à obediência imediata - Ensina-me sobre o céu e o inferno!

O monge miudinho olhou para o terrível guerreiro e respondeu com o mais absoluto desprezo:
- Ensinar a você sobre o céu e o inferno? Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma. Você está imundo. Seu fedor é insuportável. A lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha, uma humilhação para a classe dos samurais. Suma da minha vista! Não consigo suportar sua presença execrável.

O samurai enfureceu-se. Estremecendo de ódio, o sangue subiu-lhe ao rosto e ele mal conseguiu balbuciar palavra alguma de tanta raiva. Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.
- Isto é o inferno - disse o monge mansamente.

O samurai ficou pasmo. A compaixão e absoluta dedicação daquele pequeno homem, oferecendo a própria vida para ensinar-lhe sobre o inferno! O guerreiro foi lentamente abaixando a espada, cheio de gratidão, subitamente pacificado.
- Isso é o céu - completou o monge, com serenidade.


Conta-se que um poeta estava um dia passeando ao crepúsculo em uma floresta, quando de repente surgiu diante dele uma aparição do maior dos poetas, Virgílio. Virgílio disse ao apavorado poeta que o destino estava sorrindo para ele e que ele tinha sido escolhido para conhecer os segredos do Céu e do Inferno. Por mágica Virgílio transportou-se e ao poeta, ainda apavorado com experiência tão súbita, ao velho e mítico rio que circundava o submundo. Entraram em uma canoa e Virgílio instruiu o poeta para remar até o Inferno. Quando chegaram, o poeta estava algo surpreso por encontrar um lugar semelhante à floresta onde estavam, e não feito de fogo e enxofre nem infestado de demônios alados e criaturas nojentas exalando fogo, como ele esperava.
Virgílio pegou o poeta pela mão e levou-o por uma trilha. Logo o poeta sentiu, à medida que se aproximavam de uma barreira de rochas e arbustos, o cheiro de um delicioso ensopado. Junto com o cheiro, entretanto, vinham misteriosos sons de lamentações e ranger de dentes. Ao contornar as rochas, depararam-se com uma cena incomum. Havia uma grande clareira com muitas mesas grandes e redondas. No meio de cada mesa havia uma enorme panela contendo o ensopado cujo cheiro o poeta havia sentido, e cada mesa estava cercada de pessoas definhadas e obviamente famintas. Cada pessoa segurava uma colher com a qual tentava comer o ensopado. Devido ao tamanho da mesa, entretanto, e por serem as colheres compridas de forma a alcançar a panela no centro, o cabo das colheres era duas vezes mais comprido do que os braços das pessoas que as usavam. Isto tornava impossível para qualquer uma daquelas pessoas famintas colocar a comida na boca. Havia muita luta e imprecações enquanto cada pessoa tentava desesperadamente pegar pelo menos uma gota do ensopado.
O poeta ficou muito abalado com a terrível cena, até que tampou os olhos e suplicou a Virgílio que o tirasse dali. Em um momento eles estavam de volta à canoa e Virgílio mostrou ao poeta como chegar até o Céu. Quando chegaram, o poeta surpreendeu-se novamente ao ver uma cena que não correspondia às suas expectativas. Aquele lugar era quase exatamente igual ao que eles tinham acabado de sair. Não havia grandes portões de pérolas nem bandos de anjos a cantar. Novamente Virgílio conduziu-o por uma trilha onde um cheiro de comida vinha de trás de uma barreira de rochas e arbustos. Desta vez, entretanto, eles ouviram cantos e risadas quando se aproximaram. Ao contornarem a barreira, o poeta ficou muito surpreso de encontrar um quadro idêntico ao que eles tinham acabado de deixar; grandes mesas cercadas por pessoas com colheres de cabos desproporcionais e uma grande panela de ensopado no centro de cada mesa. A única e essencial diferença entre aquele grupo de pessoas e o que eles tinham acabado de deixar, era que as pessoas neste grupo estavam usando suas colheres para alimentar uns aos outros.